quinta-feira, 31 de outubro de 2013

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sedentos, pisoteiam a lua, 
sorvem o que não alcançam.

No chão, coices impacientes 
têm sede de horizontes.




sexta-feira, 11 de outubro de 2013

As palavras teimam em não me deixar,
não aparecem nos silêncios consentidos,
mas nas distâncias sem medidas,
nas partidas irreparáveis.
Palavras estreitas que me obrigam a ir pelo meio fio,
rasas que aterrorizam meus medos, 
viradas no avesso do tempo
que me fazem lembrar o esquecível. 





domingo, 6 de outubro de 2013


É sempre parte de uma dança imaginada.
As vozes se entrelaçam em amorosos sussurros, 
transpassam de luz tecidos que flutuam
para desvendar o não vivido.







domingo, 22 de setembro de 2013


Venho do mar,
entre névoa, neblina, nuvem.
Em meio a esta incerteza líquida, 
piso na terra com a leveza 
de quem não a quer possuir.




Na geografia relativa do meu querer,
aí ainda não é aqui.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Vou por aí, por esta cidade,
espaço imperfeito e tão cheio de vida,
que  abriga a todos nós e o inclusive.
A pé me espanto com o novo,
de bicicleta aproveito as ladeiras,
de ônibus me divirto com as pessoas.
Sim, gosto do coletivo, é muito mais,
E nas muitas ruas, lá fui e vou eu,
Tucumã, Urussuí, Lira, Parapuã, Avanhandava...
Tantos vieses tão cheios de arte, música e poesia.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Meu barco vaga em lágrimas abundantes,
desliza sobre o que não compreendo,
não tem volta, não faz gosto de retornar.
Naufraga em águas turvas e salinas.
É fácil se deixar levar,
nas ondas, nas ondas verdes do mar.



sábado, 29 de junho de 2013

domingo, 23 de junho de 2013

sábado, 8 de junho de 2013


 
Qual a necessidade de se permanecer onde não se está?
Por qual caminho iria se não fosse preciso um destino?
Onde enterraria as lembranças que devem ser desprezadas?


(Perguntas sempre me inquietam)

Minha sombra líquida se dilui ao sol

 

quinta-feira, 30 de maio de 2013


Na cidade em que a janela é uma moldura,
escreveu paisagens e gentes.


Um salve a João do Rio e ao Rio de Janeiro
"Nas sociedades organizadas in­teressam apenas: a gente de cima e a canalha. Porque são im­previstos e se parecem pela co­ragem dos recursos e a ausência de escrúpulos.", Crônicas e frases de Godofredo de Alencar, João do Rio)


domingo, 26 de maio de 2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Na terra do gelo, a leste de Greenwich,
sobre as copas de tantas árvores,
sinto sim a vida.
Na respiração fria da floresta sob meus pés,
vislumbro uma única estrela.
Eu, dividida por uma linha imaginária,
entre trópicos e círculos, estou ausente.
Destas poucas certezas,
latitudes, longitudes, não estou em grau algum.
Apenas reconheço imprecisões e distâncias
e tenho ao meu lado um corvo que brinca
distraído com meus dedos pedindo afago.


Posso fingir que não sinto 
seu pensamento em mim.
Posso mentir que não sei
que você sabe.
Posso estar aqui, você aí 
e nós em lugar algum.

sábado, 4 de maio de 2013

Em uma esquina deixo os meus sapatos,
vou esquecendo coisas ao acaso
nas calçadas ainda aquecidas pelo sol.
Descalça, nua, submerjo,
me sinto menos sufocada,
respiro dentro de mim.





 
Vis-à-vis com o meu dragão,
ele arde em febre,
devora assombros
e incendeia limites.

Ele é o meu dragão.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Os morcegos estão em mim, plasmados, 
Na inocência do amanhecer adormecem.
Cavernas, sótãos, escuridão,
é onde me encontro. 
Aqui, músicas e palavras dão
significado para a existência
tão duvidosa, 
minha e sua.
Nossa.


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Neste entardecer de outono 
tão cheio de verão,
vou a caminho do mar, estou
a um mergulho de mim.

quinta-feira, 11 de abril de 2013


Tudo já foi escrito, sentido, transcendido.
Amanheço em chuva.
Sou mais um entre tantos das mansardas.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

terça-feira, 2 de abril de 2013

O mundo?
Ah, Machado,  é sim um espaço infinito e azul, com o sol por cima.
O restante continua sendo ilusão e mentira. 



quarta-feira, 27 de março de 2013

Tom em melodias.
Escritas nos morros
que se desfazem no mar.
Lírico, íntimo.
Tão simples como voltar de lá
e não estar aqui.


quinta-feira, 7 de março de 2013

É urgente amanhecer