terça-feira, 9 de agosto de 2016


Éramos uma dupla,
a vida fluía em compasso.

Mutuamente generosos,
nos alimentávamos um do outro.

Estávamos nos transformando,
dia a dia, diferentes.

Crescíamos, na quietude 
e na inquietação.
Nos surpreendíamos
nos descobríamos.

Morava dentro de mim
o desejado,
o que chegaria,
o que seria,
o que não veio.

Por oito meses
nos aventuramos

(a Francisco que não nasceu)

 


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